No dia 30 de janeiro, o apresentador da Globo, Tiago Leifert, contou ao público um problema familiar muito triste que ele e a esposa estão passando: sua filhinha de apenas um ano e poucos meses está com retinoblastoma, um câncer nos olhos que acomete principalmente crianças.
É um tumor bem raro, que acomete cerca de 400 crianças por ano no Brasil.
O tumor
Esse câncer atinge a retina do bebê ou da criança, na área que forma as imagens.
“O retinoblastoma é um tumor ocular originário das células da retina. É o mais comum tumor ocular na infância e pode ter caráter hereditário, o que ocorre em 10% dos casos. A doença pode acometer apenas um ou os dois olhos. Este tipo de câncer é bastante agressivo, pode invadir o nervo óptico e o sistema nervoso central, sendo, nestes casos, fatal. O retinoblastoma pode também determinar metástases. Por todos estes motivos, a doença pode e deve ser diagnosticada, o quanto antes”, defende o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
O retinoblastoma pode estar presente já no nascimento e, geralmente, acomete crianças na fase pré-verbal, até os dois anos e meio de idade, por isso é fundamental que pais e pediatras estejam atentos para qualquer sintoma da doença. Quando diagnosticado em tempo, o retinoblastoma é curável e a visão da criança pode ser preservada. Quanto mais tardiamente for detectado, menores as chances de um resultado favorável.
Diagnóstico precoce
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a hora de procurar um oftalmologista não é só quando percebemos que podemos estar precisando de óculos!
Os cuidados com nossa visão devem começar até antes do nascimento do bebê e continuar durante toda a vida.
Médicos oftalmologistas recomendam a primeira consulta da criança logo no seu primeiro ano, e repetida anualmente até os dois anos.
Se a criança não apresentar sinal de baixa acuidade visual, ela pode voltar ao oftalmologista apenas com 3 ou 4 anos.
Como perceber a doença
O principal sintoma a ser observado, segundo o médico, é a baixa visão que, quando ocorre nos dois olhos, pode ser percebida pelos pais.
O retinoblastoma também se manifesta através de um brilho branco semelhante ao do olho do gato (leucocoria), quando a pupila é submetida à luz artificial. Esta observação geralmente é feita pelos familiares.
A criança com retinoblastoma pode ainda apresentar estrabismo e aparência anormal do olho.
Fotos com flash podem denunciar a doença, quando os olhos não refletem a cor vermelha em um dos olhos ou em ambos.
Teste para o diagnóstico
O Teste do Reflexo Vermelho, ou popularmente conhecido como Teste do Olhinho, realizado pelos pediatras nos primeiros dias de vida da criança, é um dos exames que pode diagnosticar a doença precocemente.
Como o teste só é obrigatório em alguns estados brasileiros, os pais têm papel fundamental na percepção de qualquer anormalidade na visão do bebê.
Em caso de suspeita de presença da doença, o primeiro passo é encaminhar a criança ao oftalmologista com a máxima urgência.
O diagnóstico é confirmado por meio de outros exames: fundo de olho, ultrassonografia ocular e tomografia computadorizada.
O teste do olhinho é um exame indolor e rápido, demora menos de cinco minutos para ser realizado. O único equipamento necessário é um oftalmoscópio direto.
Mais do que o reflexo vermelho, é preciso que o profissional – neonatologista, pediatra ou oftalmologista – examine o olho da criança e tudo o que o envolve.
Ele recebe esse nome porque quando o oftalmologista projeta a luz do oftalmoscópio no olho de um bebê sadio, um reflexo vermelho ou amarelo-avermelhado pode ser visto, proveniente da retina.
Tratamento da doença
O tratamento do retinoblastoma permite, em muitos casos, controlar a doença e conservar o globo ocular e a visão.
O tipo de tratamento adotado depende do estado de evolução da doença:
Tumores pequenos podem ser tratados por laser, enquanto os médios por quimioterapia, braquiterapia e laser.
Os tumores grandes podem ser tratados pela enucleação. Em caso de metástase, a quimioterapia e a radioterapia podem fazer parte do tratamento. Nos casos de enucleação, há a possibilidade de implante de prótese ocular, mediante avaliação do oftalmologista. As próteses oculares não reabilitam a visão da criança, asseguram apenas a correção estética.
Instituto de Moléstias Oculares
O Instituto de Moléstias Oculares (IMO) é especialista em casos de catarata, glaucoma e muito mais.
Agende a consulta do seu bebê no IMO, CLICANDO AQUI.