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Estrabismo: o que é, tipos e tratamento

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O estrabismo é a perda do paralelismo ocular, com o desalinhamento dos eixos visuais.

Apesar de ser uma doença conhecida por acometer crianças, também pode ter início na vida adulta.

O principal sinal do estrabismo é o desvio de um ou de ambos os olhos, que pode ser constante ou intermitente, no qual ocorrem períodos alternados de desvio e de alinhamento ocular.

Os sinais e sintomas são variáveis, mas os mais comuns são:

  • Aparência dos olhos desviados;
  • Visão dupla;
  • Confusão ou turvação das imagens;
  • Torcicolo;
  • Cefaleia;
  • Entre outros.

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Pseudoestrabismo

Algumas situações podem simular estrabismo, tanto em crianças como em adultos.

Em crianças, devido ao formato do nariz e das pálpebras, forma-se uma pequena dobra de pele que encobre parte do olho, chamado de prega de epicanto, simulando que a criança tenha, na grande maioria dos casos, um desvio do tipo convergente. Já em alguns adultos, devido a estrutura anatômica da face com os olhos mais afastados ou próximos entre si, também acontece a aparência e falsa impressão de desvio ocular. Porém em ambas as situações os testes diagnósticos são negativos e, na verdade, os olhos estão alinhados.

Tipos de Estrabismo

Existem dois tipos principais de estrabismo: o desvio convergente (para dentro) e o divergente (para fora).

Esotropia (convergente)

Caracterizado quando o olho desvia “para dentro”, é o tipo de estrabismo mais comum e o que mais causa risco de visão deficiente para o olho desviado, caso não seja realizado tratamento.

Ele pode estar presente logo nos primeiros meses de vida ou pode se desenvolver mais tardiamente durante a infância, e em grande parte está relacionado ao uso de óculos.

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Exotropia (divergente)

É o desvio “para fora”. Devido a sua estética, é mais facilmente percebido pelos pais da criança. No caso de desvios intermitentes, ele se manifesta principalmente em momentos em que a criança está irritada, cansada, sonolenta ou dispersa.

Todos os tipos de desvio podem provocar a visão mais fraca no olho desviado caso não seja realizado o tratamento precoce.

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Estrabismo na infância

O desenvolvimento da visão depende de dois aspectos fundamentais: da formação de imagem nítida na retina e do paralelismo ocular.

Quando os olhos estão alinhados e fixam o mesmo objeto, o cérebro reconhece e “une” as imagens de cada olho (fenômeno chamado de fusão), o que permite o desenvolvimento adequado da visão e de outras funções, como a estereopsia, mais conhecida como visão em 3D.

Um estrabismo não diagnosticado e não tratado logo no início da infância pode levar a problemas no desenvolvimento visual:  o olho desviado pode ter visão mais fraca e deficiente (chamada ambliopia) ou a noção de profundidade ficará prejudicada.

A ambliopia, também conhecida como “olho preguiçoso”, consiste em redução da capacidade visual e pode acometer um ou ambos os olhos. Geralmente, quando essa condição está presente no paciente portador de estrabismo, o olho com visão mais baixa é o olho que fica desviado, enquanto o olho dito como “olho bom” mira a direção correta.

Estrabismo no adulto

Nos adultos, o estrabismo pode ter sido herdado desde a infância, porém também pode surgir nessa idade, secundário a alguma condição já existente ou adquirida e, nesses casos, poderá se manifestar na forma de visão dupla.

Algumas condições que podem causar estrabismo na idade adulta são:

  • Trauma ocular direto ou na região da cabeça;
  • Baixa de visão prolongada em um dos olhos;
  • Cirurgias oculares, de face ou neurológicas;
  • Doenças crônicas, como: Hipertensão e o Diabetes Mellitus;
  • Doenças neuromusculares;
  • Alterações de tireoide;
  • Acidentes vasculares cerebrais (AVCs);
  • Entre outros.

Tratamentos para o Estrabismo

O tratamento do estrabismo visa o alinhamento ocular para eliminar ou diminuir a visão dupla, melhorar o campo visual, propiciar uma chance de desenvolvimento da visão binocular e proporcionar a melhora da aparência estética para o paciente.

Existe mais de um tipo de tratamento, que será indicado de acordo com a idade da apresentação e das características do estrabismo.

Em crianças, algumas vezes a prioridade se torna o tratamento da visão e não do desvio propriamente dito.

A ambliopia deve ser tratada antes de qualquer procedimento para corrigir o desvio. Para isso podem ser realizados oclusão e/ou óculos. Quando mais precoce a intervenção, maior a possibilidade de eficácia do tratamento, sendo que após os 7 anos de idade há redução da resposta, e após os 10 anos há risco de baixa visão definitiva.

A detecção precoce dessa condição pode prevenir limitações importantes para o futuro das crianças; portanto, uma primeira avaliação entre os seis e doze meses de idade se torna um aliado importante na identificação de doenças e visitas periódicas garantirão um tratamento correto e eficaz.

Óculos também podem ser suficientes para alguns casos e neles podem ser adicionados prismas (lentes especiais que deslocam a imagem observada pelo paciente), para melhorar a visão dupla.

Em casos específicos poderá ser indicada a aplicação de toxina botulínica (BOTOX) para resolução de desvios paralíticos ou congênitos.

Por sua vez, a cirurgia poderá ser empregada nos casos de desvios de grande ângulo, principalmente se despertam queixas estéticas, desvios em crianças pequenas ou após o tratamento da ambliopia e em paralisias.

Vale ressaltar que estudos já demonstraram que portadores de estrabismo podem perceber um impacto psicossocial negativo da doença, com dificuldade na socialização com outras pessoas, de conseguir emprego e problemas com a autoestima, com comprometimento da qualidade de vida. Os sinais dessas implicações podem ser facilmente reconhecidos no dia-a-dia dos pacientes, que geralmente são tímidos, evitam tirar fotos e podem ter o hábito de usar o cabelo e chapéus para esconder os olhos. Crianças também podem ser afetadas, ao sofrer bullying de seus colegas na escola, por não serem aceitas em seu círculo social e por não terem as mesmas oportunidades que as outras nas escolas.

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Instituto de Moléstias Oculares

O Instituto de Moléstias Oculares (IMO) possui profissionais especialistas na área, como a Dra. Ana Clara de Souza Campolina, além disso, realiza os tratamentos necessários para tratamento dessa condição.

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