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Retinoblastoma: como prevenir e tratar

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Crianças que estão em risco de desenvolver retinoblastoma devem receber aconselhamento e testes genéticos o mais rápido possível para determinar o risco da doença. O consenso entre oftalmologistas, patologistas e geneticistas é fruto de um trabalho de dois anos para desenvolver as primeiras diretrizes dos EUA sobre como detectar o tumor ocular mais comum que afeta as crianças. O objetivo é garantir que o retinoblastoma seja detectado o mais cedo possível, para que os oftalmologistas possam salvar a vida e a visão de mais crianças. As diretrizes foram publicadas on-line no Ophthalmology, jornal da Academia Americana de Oftalmologia.

“O retinoblastoma é um câncer que começa na retina, na parte de trás do olho. Ele também pode se espalhar para outras partes do corpo, incluindo o cérebro e os ossos. Existem aproximadamente 350 novos casos diagnosticados, todos os anos, nos Estados Unidos. É o câncer ocular mais comum na infância. Cerca de 400 crianças brasileiras sofrem com ele por ano — o que o torna uma doença rara, por aqui, e, portanto, pouco conhecida por boa parte da população”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

“A doença afeta principalmente crianças pequenas. Pode ser hereditária ou não. Crianças com retinoblastoma hereditário geralmente desenvolvem tumores retinianos nos dois olhos nos primeiros anos de vida. O diagnóstico precoce, quando os tumores são pequenos, melhora a chance de sobrevivência e a chance de manter a visão e os olhos”, explica a oftalmologista do IMO, Maria José Carrari.

As diretrizes abordam uma lacuna de conhecimento entre os oftalmologistas e outros profissionais de saúde, nos EUA, em relação aos riscos do retinoblastoma hereditário e que possam influenciar os cuidados em outros países. “Portanto, as diretrizes foram elaboradas para fornecer um quadro geral sobre o cuidado que pode ser aprimorado com base em recursos locais. As recomendações reconhecem que a anestesia pediátrica e os testes genéticos podem ser limitados em muitos países em desenvolvimento, evitando a adesão rigorosa. Portanto, as diretrizes oferecem orientação nos casos em que esses recursos não estão disponíveis”, destaca Maria José Carrari.

As novas diretrizes buscam focar os cuidados em crianças com o maior risco de desenvolver a doença, enquanto diminuem os exames desnecessários para crianças com menor ou nenhum risco de desenvolver o retinoblastoma.

“Queríamos garantir que todos os médicos que entram em contato com esses pacientes estejam conscientes de como diagnosticá-los e tratá-los para que possamos salvar mais olhos e, claro, mais vidas”, escrevem os autores.

“Os autores do artigo destacam ainda que há sinais que devem ser buscados que podem indicar a presença do  retinoblastoma. Eles listam a cor branca na pupila quando uma luz brilha nos olhos, como quando se tira uma fotografia instantânea. Além disso, olhos que parecem estar olhando em direções diferentes podem ser um sinal de problemas. É preciso que os pais façam uma  consulta com um oftalmopediatra se perceberem alguma alteração nos olhos da criança”, recomenda a oftalmologista do IMO.

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