Cirurgia de catarata reduz risco de fratura de quadril

fratura de quadril

Young nurse assisting senior woman with walker while looking at her in nursing home. Horizontal shot.

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Um estudo publicado recentemente mostra que o risco de fraturas de quadril foi significativamente reduzido em pacientes que fizeram a cirurgia de catarata em comparação com pacientes que não realizaram o procedimento.

Publicado na edição de agosto do Journal of the American Medical Association (JAMA), o estudo é o primeiro a demonstrar que a cirurgia de catarata reduz a taxa de fraturas em pacientes idosos com perda de visão.

 

“O que sugere que a cirurgia de catarata pode ser uma intervenção eficaz para ajudar a evitar fraturas e reduzir a morbidade e os custos associados às quedas na terceira idade”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

 

O estudo acompanhou a incidência de fraturas de quadril em uma amostra de pacientes com catarata, atendidos pelo sistema de saúde público americano, entre os anos de 2002-09.

Cerca de 400.000 pacientes analisados

Dados de cerca de 400.000 pacientes que fizeram a cirurgia de catarata foram analisados, buscando-se a ocorrência de fraturas de quadril no período de até um ano após a cirurgia.

As informações coletadas foram então comparadas com a incidência de fratura de quadril em um grupo similar de pacientes, que também tinha catarata, mas ainda não havia feito a cirurgia. Segundo os pesquisadores, a cirurgia de catarata foi associada à uma diminuição de 16% nas probabilidades dos pacientes sofrerem uma fratura de quadril no prazo de um ano após o procedimento.

 

“Estes resultados são particularmente importantes porque os idosos apresentam riscos maiores de queda, o que os torna especialmente vulneráveis a fraturas de quadril e de outros ossos. Estudos anteriores já apontaram que a perda de visão é um fator importante no risco de quedas dos idosos. Quando há uma diminuição da acuidade visual e da percepção de profundidade, as pessoas também perdem a capacidade de manter a estabilidade e o equilíbrio, o que afeta a sua mobilidade”, explica Virgílio Centurion, que também é membro da Associação Latino-Americana de Cirurgiões de Córnea, Catarata e Cirurgias Refrativas.

 

Os autores do estudo sugerem que as pessoas nunca devem ser consideradas como “velhas demais” para fazer a cirurgia de catarata, pois a maior redução no risco de fratura do quadril foi constatada em pacientes submetidos à cirurgia de catarata na faixa dos 80 anos.

Ônus das fraturas

Uma pesquisa apresentada durante o Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrose (ECCEO 2011) por estudiosos do Reino Unido e da Suécia estimou que o “peso econômico das fraturas” em cinco grandes países europeus – França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido – totalize 31.000 bilhões de euros.

A Alemanha apresenta os custos mais altos: 9,37 bilhões de euros, seguida pela Itália: 6,7 bilhões, e logo depois pelo Reino Unido: 5,1 bilhões.

A maior parte deste ônus econômico relaciona-se com os custos durante o primeiro ano de tratamento após a fratura, enquanto  prevenção e gestão do tratamento farmacológico constituem apenas uma parte marginal do custo econômico total.

Ainda segundo os pesquisadores europeus, as fraturas de quadril contribuíram para 56% dos custos globais, as fraturas vertebrais 5%. 2% são resultado das fraturas de pulso e um grupo combinado de “outras fraturas” representam 37% do contingente.

 

“Como as fraturas implicam em dor e incapacidade, muitas vezes, elas representam um grave impacto sobre a qualidade de vida dos idosos. A prevenção de fraturas é fundamental para reduzir os custos para os sistemas nacionais de saúde em todo o mundo”, defende o oftalmologista Virgílio Centurion.

 

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