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Por que é importante manter o diabetes sob controle?

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Woman taking her own blood sugar

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1)Porque em relação à saúde ocular, o melhor caminho para evitar complicações é a prevenção. “O diabetes provoca uma série de reações no organismo que afetam diretamente a saúde ocular, predispondo o paciente a complicações na córnea, à catarata e ao glaucoma. Além disso, favorece o aparecimento da retinopatia diabética, a maior causa de cegueira permanente em indivíduos economicamente ativos”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. O controle do diabetes requer visitas constantes ao oftalmologista e a harmonia de ação entre este profissional e o demais especialistas que acompanham o paciente. Recomenda-se que o portador do diabetes tipo 1 procure o oftalmologista, no máximo, cinco anos depois de diagnosticada a doença e que o portador do diabetes tipo 2,  o faça tão logo seja confirmado este diagnóstico. Nos dois casos, quanto mais precoce o diagnóstico da retinopatia diabética, maiores são as opções de tratamento e controle da doença. O paciente diabético deve fazer controle oftalmológico anual ou a critério do médico que o acompanha.

2) Porque o diabetes provoca graves lesões na córnea. As células do epitélio corneano do diabético não têm a mesma aderência dos não-diabéticos. Em procedimentos cirúrgicos nos quais a córnea tende a perder o epitélio com maior facilidade e frequência, o paciente diabético tem a cicatrização e o repovoamento das células mais demorados. “Essa fragilidade do organismo pode ser a porta de entrada para infecções oportunistas, blefarites e úlceras”, explica o oftalmologista Edson Branzoni Leal, médico que integra o corpo clínico do IMO, especializado no tratamento de retinopatias diabéticas. “Embora não existam restrições quanto ao uso de lentes de contato pelo diabético, este paciente exige atenção redobrada e cuidados maiores por parte do oftalmologista”, acrescenta Leal.

3) Porque a catarata é mais prevalente na população diabética. A catarata é mais prevalente na população diabética devido ao sorbitol (poliálcool resultante do metabolismo do açúcar) que se acumula no cristalino. “Em situações de hiperglicemia, o cristalino absorve água e tem seu segmento anterior ampliado, o que provoca miopia no paciente. À medida que a taxa de açúcar no sangue retorna aos níveis normais, o cristalino se desidrata e volta ao tamanho original. A repetição dessa situação altera as fibras da estrutura do cristalino, provocando sua opacificação. Isso explica a maior predisposição dos diabéticos a sofrer de catarata mais cedo e com mais freqüência”, explica o diretor do IMO. A falta de controle da glicemia também pode afetar exames de refração, acusando miopia inexistente ou maior do que a presente em situações de glicemia normal. “É fundamental que o oftalmologista tenha informações precisas sobre a taxa de glicemia do paciente antes de prescrever óculos”, afirma Virgílio Centurion.

4) Porque o diabetes também é um fator de risco para o surgimento do glaucoma. “A alteração química provocada pelo diabetes no organismo provoca a degeneração de vários tecidos, o que acaba afetando o trabeculado e, consequentemente, o escoamento do humor aquoso, o que aumenta a pressão intra-ocular e provoca o glaucoma secundário a essa degeneração”, explica o oftalmologista Edson Branzoni Leal.

5) Porque a retinopatia diabética constitui-se numa grande ameaça para a preservação da saúde do paciente com diabetes e um importante ônus social e econômico para o sistema de saúde. Devido às alterações químicas provocadas pelo diabetes no organismo, as paredes dos vasos sanguíneos tornam-se gradativamente mais frágeis, propiciando vazamentos e hemorragias. A retinopatia diabética está relacionada às alterações na micro-circulação sanguínea retiniana. “Este processo envolve o aparecimento de micro-aneurismas, dilatações capilares, isquemia, vazamento de plasma, oclusão capilar e, se não houver tratamento e controle, a neovascularização, que caracteriza o estágio mais avançado da doença, denominada retinopatia diabética proliferativa”, afirma o oftalmologista Edson Branzoni Leal. A forma não proliferativa da doença, prevalente em 90% dos casos, geralmente provoca baixa de visão discreta a moderada, principalmente se houver edema macular, enquanto a forma proliferativa causa baixa de visão acentuada. “O mais eficiente tratamento da retinopatia diabética ainda é evitar que ela ocorra, por meio do controle severo da glicemia, da tensão arterial e das nefropatias; do combate à obesidade e ao sedentarismo, e do corte do cigarro”, diz Branzoni. As medidas preventivas retardam ou evitam o aparecimento da doença em 50% dos casos e tornam sua evolução lenta e o tratamento menos traumático em até 75% dos casos.

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