fbpx
Compartilhe:

Há cerca de 12 anos atrás, o The National Eye Institute iniciou estudos para compreender como a dieta e os suplementos dietéticos afetam a progressão da DMRI. O AREDS1 mostrou uma diminuição de 25% do risco da DMRI quando os participantes do estudo tomaram vitamina C, betacaroteno (precursor da vitamina A), vitamina E, zinco e cobre. Já o estudo atual, o AREDS2, sugere que suplementos de óleo de peixe provavelmente não precisam ser adicionados à formulação da suplementação e que a luteína e a zeaxantina podem substituir o betacaroteno, na formulação de suplementos, uma vez que a luteína não está associada com um risco acrescido de câncer do pulmão. Para realizar o segundo estudo, os pesquisadores reuniram dados de 4.200 pessoas com idades entre de 50-85 anos que apresentavam o risco de desenvolver degeneração macular relacionada à idade, em sua forma avançada. Na verdade, segundo o ARESD2, a luteína e a zeaxantina levaram a uma redução de 18% nas chances dos participantes desenvolverem DMRI.

De acordo com os novos dados, os suplementos de óleo de peixe que contêm os ácidos graxos ômega-3 não parecem prevenir a DMRI, principal causa de cegueira para pessoas com 50 anos ou mais.

“É muito importante nos aprofundarmos neste tema, pois milhões de idosos, em todo o mundo, tomam suplementos nutricionais para proteger sua visão, sem uma orientação clara sobre os benefícios e os riscos desta prática. Este novo estudo esclarece o papel dos suplementos para ajudar a prevenir a DMRI avançada, uma doença incurável, comum e devastadora que rouba dos idosos sua visão e independência”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Na análise, os pesquisadores constataram também uma diminuição modesta no desenvolvimento da DMRI entre aqueles que tomaram grandes quantidades de zinco, mas esse resultado ainda não é estatisticamente significativo.

“Tal como o betacaroteno, a luteína e a zeaxantina podem ser convertidas em vitamina A pelo ser humano e podem proteger a retina dos danos provocados pela radiação UV. A luteína é encontrada em alimentos como a gema de ovo e os depósitos de gordura de origem animal. A zeaxantina é encontrada em algumas frutas, milho e pimentão”, informa o oftalmologista Juan Caballero, (CRM-SP 63.017), que também integra o corpo clínico do IMO.

Os resultados do AREDS2 ratificaram estudos anteriores que mostraram uma associação entre o consumo de betacaroteno e o desenvolvimento de câncer de pulmão em atuais ou ex-fumantes. Cerca de metade dos participantes do AREDS2 relataram ter sido fumantes em algum momento de suas vidas.

Segundo Juan Caballero, “o primeiro estudo AREDS nos mostrou que as vitaminas realmente fazem a diferença na redução das complicações da DMRI. Agora, com a AREDS 2, temos dados sólidos sobre o que recomendar aos pacientes”.

Compartilhe:
WeCreativez WhatsApp Support
Preencha seus dados abaixo para falar com nossa equipe. Será um prazer atendê-lo!