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Novos resultados de um ensaio clínico confirmaram a eficácia, a longo prazo, e a segurança dos medicamentos ranibizumab  e bevacizumab para tratar a degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), a principal causa de cegueira mundial. O estudo constatou que metade dos pacientes tratados com as drogas, após cinco anos, mantinham uma visão considerada normal e boa o suficiente para dirigir e ler. Os pesquisadores consideraram os resultados “notáveis”, dado que, antes destas drogas estarem disponíveis, a maioria das pessoas com a doença teria ficado tecnicamente cega. O estudo foi publicado on-line na Ophthalmology, revista da Academia Americana de Oftalmologia.

Em 2008, o NEI – National Eye Institute financiou um estudo de comparação dos dois medicamentos para o tratamento de uma forma da degeneração macular, chamada neovascular, úmida ou exsudativa. Esta forma da doença é responsável por 90% de toda a cegueira relacionada com a DMRI, ou seja, dos casos que evoluem para cegueira, 90% dos casos são da forma úmida ou hemorrágica. Felizmente esta forma da doença, representa apenas 10% dos olhos com diagnóstico de DMRI, 90% dos olhos são portadores da forma seca da doença, menos agressiva e menos incapacitante. Os pesquisadores compararam, então, duas drogas antifator de crescimento vascular endotelial, anti-VEGFs.  Uma era o ranibizumab, que foi aprovado em 2006, nos EUA, para o tratamento da DMRI exsudativa. A outra era o bevacizumab, um medicamento aprovado para o câncer de cólon, mas utilizado off-label para tratar a DMRI.  Antes deste estudo, não existiam dados de ensaios clínicos, nos EUA, para verificar a segurança e a eficácia do medicamento mais recomendado para tratar a doença.

Os pesquisadores analisaram dados de 1.200 pacientes com DMRI exsudativa que usavam essas drogas. Após cinco anos, os investigadores continuaram acompanhando 647 pacientes que ainda estavam vivos. Eles descobriram que 50% dos olhos tinham visão 20/40 ou melhor. Os pesquisadores também descobriram que tratar os pacientes, conforme suas necessidades, em vez de em uma vez por mês, pode, eventualmente, produzir melhores resultados. Em geral, o estudo, a longo prazo, confirma o fato de que o ranibizumab  e o bevacizumab têm o mesmo efeito para o tratamento da DMRI exsudativa.

“Alguns especialistas especularam que dois anos de tratamento com ranibizumab pode ter benefícios de longo prazo superiores ao bevacizumab. No entanto, em cinco anos, não houve diferenças na acuidade visual entre os dois fármacos”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Em termos de segurança, o grupo de pacientes ranibizumab apresentou, depois de cinco anos, uma maior incidência de acidente vascular cerebral e de ataque cardíaco neste estudo: 7,6% contra 4,5% para o bevacizumab. Os pesquisadores alertaram que os resultados de segurança podem ter sido afetados pelo fato de que os pacientes poderiam alternar as drogas ou usar outros tratamentos após dois anos.

“No final, cerca de 20% dos olhos reduziram para 20/200 sua pior visão, geralmente considerado o limiar da cegueira legal. Especialistas dizem que estes resultados destacam a necessidade de pesquisa continuada e novos tratamentos.Embora o tratamento com anti-VEGFs tenha melhorado muito o prognóstico para os pacientes no geral, ainda precisamos encontrar maneiras de evitar a piora de visão nestes pacientes e diminuir a carga do tratamento em curso”, afirma o oftalmologista Juan Caballero, que também integra o corpo clínico do IMO.

A DMRI é a principal causa de cegueira legal nos Estados Unidos e na Europa Ocidental. Ela provoca a perda da visão central, que é usada para dirigir, ler e reconhecer rostos. Cerca de 10 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm algum tipo de DMRI.

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